segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tragédia nos Estados Unidos



Por: Sara Nogueira e Laís Veras


Uma das piores tragédias ambientais envolvendo petróleo na história, o vazamento da plataforma controlada pela BP (British Petroleum) no golfo do México chegou ao 50° dia ainda sem solução e com um saldo ainda incalculável dos estragos causados à natureza. De acordo com a estimativa oficial do governo norte-americano, o vazamento de óleo varia de 12 mil a 25 mil barris diários, volume que equivale a aproximadamente uma piscina olímpica de petróleo derramada no golfo do México por dia.

Apesar dos números, ainda não há consenso entre os especialistas sobre a eficácia dos planos de contenção do vazamento e a quantidade de óleo derramada por dia efetivamente. Na segunda-feira (7), por exemplo, cerca de 11 mil barris de petróleo estavam sendo capturados, enquanto algo entre 12 mil e 25 mil barris seguiam vazando.

O governo dos Estados Unidos já admitiu que o trabalho de mitigação dos efeitos do vazamento na natureza do golfo do México pode levar anos. A mancha de petróleo se desintegra em muitos pedaços, e isso faz o óleo se espalhar por uma área maior. Mesmo que o vazamento seja contido em poucas semanas, os trabalhos de retenção da mancha à deriva na região podem durar até o início de dezembro, avaliam especialistas.

Nesta terça, novas informações trouxeram mais um alerta sobre a dimensão da tragédia: o governo e pesquisadores confirmaram que manchas de óleo dispersas se espalharam muito abaixo da superfície do oceano a partir do vazamento, levantando novas preocupações sobre o impacto do acidente sobre a vida de espécies marítimas.

Em coletiva na Casa Branca, em Washington, o chefe da Guarda Costeira dos Estados Unidos, almirante Thad Allen, disse que levará alguns meses para limpar a mancha de petróleo da superfície do Golfo, mas que o trabalho de limpeza dos pântanos e outros habitats afetados pelo vazamento poderá levar anos.

Questionado sobre a taxa diária de vazamento, Allen afirmou que a partir do momento em que a BP capturar mais petróleo, o governo será capaz de oferecer melhores estimativas do desastre como um todo.
“Essa é a grande incógnita que estamos tentando desvendar com números exatos”, disse. “E nós vamos divulgar esses números assim que descobrirmos. Não estamos querendo abaixá-los ou aumentá-los. Eles são o que são”, completou.
Segundo Kent Wells, executivo da BP envolvido na ação de contenção do vazamento, mais de 27 mil barris de óleo já foram recolhidos da natureza até agora.


 

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